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O que toda enfermeira obstetra deveria saber sobre identificação de posições fetais

Existe uma técnica, uma lógica para você saber como está o bebê, você já conhece?

Saber identificar a posição fetal é de extrema importância para nós, enfermeiras obstetras. 

 Não estou querendo dizer que não saber a posição do bebê impedirá o parto de acontecer. Vemos que muitos partos acontecem sem saber a posição por haverem profissionais que  não sabem realizar essa identificação.

 A questão é que saber a técnica para descobrir a posição do bebê pode salvar partos!

 Para partos não fisiológicos, por exemplo, é mais que necessário conhecer como o bebê se apresenta, porque, geralmente, não estão na formação adequada e, sabendo a posição do bebê, você poderá propor soluções e, como eu disse, isso salva partos!

Nós, enfermeiras, temos responsabilidade técnica sobre o parto, então é imprescindível que saibamos avaliar de forma completa as mães e seus bebezinhos.

Examinando a parturiente

Existe uma técnica, uma lógica de examinação para descobrir como está o bebê, mas foi um pouco perdida com  o passar dos anos e o desenvolvimento de ultrassons.

Nós, enfermeiras, perdemos a sensibilidade das mãos com a entrada de novas tecnologias. 

Precisamos compreender que o exame da parturiente é muito mais que o toque vaginal, é necessário apalpar, sentir o bebê e sua formação.

Manobra de Leopold

 O objetivo dessa manobra é determinar a posição do feto através do apalpamento do abdômen da gestante.

 Para iniciar o procedimento do exame, é necessário – SEMPRE – pedir o consentimento da gestante e explicar a ela o que irá acontecer no exame. 

 Peça que ela se deite, explicando que dessa forma você conseguirá verificar melhor. 

 

 #1 PRIMEIRO TEMPO

 No primeiro tempo, apalpamos o fundo uterino. 

 Sentimos com as palmas das mãos qual é a parte do bebê que está ali. Se é a bundinha, a cabecinha…

 

 #2 SEGUNDO TEMPO

 Agora vamos para os lados do abdômen materno, para sentir onde está o dorso do bebê.

 Nessa parte do exame percebemos para qual lado está o dorso e qual lado estão os membros. 

 A área onde está o dorso é reta, uniforme. Conseguimos apalpar um bloco com as mãos.  

 Já na área onde estão os membros, notamos buracos quando apalpamos. 

 

 #3 TERCEIRO TEMPO

 No terceiro tempo, vamos para o pólo cefálico, onde vemos qual é a apresentação do bebê. 

 Nessa parte do exame descobrimos se ele se apresenta pélvico (de bundinha) ou cefálico (de cabecinha).

 Faremos um C com a mão para descobrir qual é a apresentação. 

 OBS: Geralmente os bebês estão cefálicos pelo peso da gravidade. Como a cabeça pesa mais, ela desce. 

 

#4 QUARTO TEMPO

 Na última fase do exame, eu virarei ao contrário e colocarei minhas mãos alinhadas à apresentação do bebê.

 Nessa parte do exame, verificamos se o bebê está encaixado ou não, através do “jogo do 2 ou 5”.

 Se minha mão inteira (cinco dedos) entra no espaço que há entre a cabeça e o dorso do bebê, ele não está encaixado, está ainda em cima da pelve. 

 Caso somente dois dedos entram nesse espaço, é sinal de que o bebê já entrou no estreito superior e já está encaixado.

O que descobrimos com a manobra?

✅Situação: relação do maior eixo do bebe com o maior eixo do útero;

✅ Posição: identificar a posição do bebe no abdômen materno (direita ou esquerda);

✅ Apresentação: qual parte fetal se apresenta no colo (cabeça, bumbum, etc..);

✅ Altitude: como o bebe se encontra em relação ao queixo.

Conclusão

Utilizamos essa manobra porque ela é completa para fazer os relatórios em prontuário, é a base de um pré natal. 

 Sempre digo que todas as enfermeiras obstetras deveriam saber essa técnica de cor e salteado, porque ela pode ser a solução de partos difíceis.

 É nosso dever como enfermeiras realizar a análise completa dos bebês e das gestantes, garantindo que eles tenham um parto feliz.

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Muito Prazer!

Me chamo Laura Padilha, sou enfermeira obstétrica, mestre em enfermagem, mãe de 4 crianças e apaixonada em transformar os partos no Brasil. Essa é a nossa missão!


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